domingo, 20 de setembro de 2009

Aprovado Novo Código de Ética Médica


Um código de ética sempre tenta regular e legitimar normas de condutas consideradas corretas ao mesmo tempo em que sinaliza o que não podemos fazer.

Está sendo criado um novo código de ética para a prática médica que sinaliza para questões que são muito caras a todos que militam em busca de uma saúde mais humanizada.

Alguns dos seus itens tentam regulamentar a relação dos profissionais médicos com os grandes laboratórios farmacêuticos, estimula a questão da autonomia dos pacientes e preconiza a importância dos cuidados paliativos no final da vida como prática humanizadora do cuidado diante da morte.

O código de ética anterior era de 1988, defasado historicamente diante da existência do SUS, de um mundo marcado pelos impactos das tecnologias de informação e da crescente mercantilização da medicina propondo novos patamares para questões bioéticas.

Pelo novo Código de Ética, médicos não poderão obter vantagens financeiras pela comercialização de medicamentos, órteses e próteses nem participar de consórcios para a realização de procedimentos como cirurgias plásticas. Hoje são comuns os casos de profissionais que recebem comissão por indicação de produtos. O texto não veta que médicos recebam brindes ou viajem bancados pela indústria. Determina, porém, que o profissional revele esse conflito de interesse quando for se apresentar em congressos ou publicar artigos científicos. O documento também ressalta a importância dos cuidados paliativos - técnicas que visam tratar pacientes com doenças incuráveis ou em estado terminal. “Isso é importante em uma época em que temos grande parte dos leitos de UTIs ocupados por esses pacientes”, diz Henrique Carlos Gonçalves, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).

O código aborda ainda a autonomia do paciente, destacando o direito à informação sobre a própria saúde e às decisões sobre o tratamento, sempre em parceria com o médico. “É importante que a sociedade conheça o novo código. Ele é um instrumento de proteção do cidadão e não da classe médica”, afirma Clóvis Francisco Constantino, diretor do CFM.Notícia retirada de:

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,medicos-brasileiros-aprovam-nov...


Para refletir: É ético o profissional médico estando na política usar de informações da sua profissão em relação ao paciente expondo-o publicamente para atacar governo?



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